quarta-feira, 13 de julho de 2011

Leitura para Bebês

Acho que todos já sabem a paixão que eu tenho pelos livros e pela leitura de uma maneira geral, garimpando por aí e lendo sobre aperfeiçoamento da leitura, encontrei coisas ótimas para dividir com vocês, meus leitores.
Nesse Post, quero destacar a necessidade de criar ou elaborar um espaço diversificado voltado para estimular e proporcionar a leitura para crianças na fase de creche.
Numa dessas leituras encontrei um artigo maravilhoso da Nova Escola, que representa perfeitamente o que estava procurando.

Faixa etária
0 a 3 anos
Conteúdo
Linguagem oral e comunicação
Objetivos
Introduzir o hábito da leitura.
Ampliar o universo cultural.
Apresentar procedimentos de contato com os livros.
Desenvolver o gosto e o prazer pela leitura compartilhada como forma de aprender, socializar-se e interagir.

Mais sobre leitura
Conteúdos
Leitura de capas, textos e imagens dos livros.
Criação de repertório de textos e imagens.
Ampliação e desenvolvimento da linguagem oral.
Noções de causalidade e tempo. Articulação de idéias.

Tempo estimado
Um mês para montar o espaço. As atividades devem ser permanentes, feitas diariamente durante 30 minutos ou enquanto durar o interesse da turma.
Materiais necessários.
Livros de boa qualidade e adequados às características da faixa etária (exemplares de tecido ou plástico, de tamanhos variados, com dobraduras, de papel cartonado, com texturas etc.), estantes ou caixas baixas de fácil acesso, tapete, colcha ou tatame, cadeirinhas, bebê-conforto ou carrinho.
Organização da sala
Em roda.
Desenvolvimento
Comece a montagem da bebeteca selecionando os títulos. Dê preferência a histórias interessantes e que não emitam juízos de valor. Os enredos que apresentam objetos e personagens comuns do universo infantil como bolas, brinquedos e carros, entre outros e que transferem características humanas a animais e coisas costumam ser os prediletos. Fique atento também às ilustrações, pois elas ajudam a chamar a atenção para os livros e a contar o enredo. As figuras grandes, coloridas e bonitas aprimoram a percepção visual e ampliam o repertório de imagens.

Insira no acervo edições de diferentes tipos (de plástico ou tecido) e que inovem na forma (figuras em relevo, páginas com dobraduras ou com espaços de interação). É fundamental agregar gêneros diversos. Histórias que tenham apenas imagens agradam aos menores.

Pense também no espaço físico. Se não houver na creche uma sala própria para esse fim, procure instalar a bebeteca em um canto amplo e tranqüilo. Os livros devem estar sempre à disposição, mas é importante ter um lugar para que sejam guardados. Para isso, use estantes ou caixas de madeira, colocadas em altura própria para que todos alcancem os exemplares.

Decore a sala ou o canto com recursos adicionais como fantoches e móbiles. Para o chão, providencie tatames, colchas e tapetes em que todos possam se espalhar e ficar à vontade para devorar os livros.

Estabeleça um momento específico na rotina diária para as atividades da bebeteca. Nos primeiros encontros, apresente os materiais para as crianças, observando a forma como elas se relacionam com eles, as preferências individuais e o tempo que cada uma dedica à atividade.

Ensine a importância de cuidar bem do material e de preservá-lo.

Durante as atividades, ofereça a possibilidade de manusear os livros.

Leia com a garotada as imagens e os textos, apontando figuras e nomeando personagens. Para desenvolver a escuta atenta e favorecer a concentração de todos, capriche na entonação e no ritmo.

Não tenha receio de repetir a mesma trama mais de uma vez. Os que já sabem falar não se cansam de pedir as preferidas, e isso é importante para que apreendam a história e prestem atenção em detalhes diferentes a cada vez. Você pode ler um livro em várias sessões se ele estiver dividido em capítulos. Sempre que possível, amplie as situações: além de ler por prazer, a turma pode ser colocada em contato com outros propósitos, como o de ler para pesquisar (enciclopédias infantis, sites etc.), estudar e seguir instruções (receitas e manuais).

A leitura é apenas uma das formas de contato com os livros. Outras podem ser exploradas, como o teatro de fantoches, de dedos ou de sombras o flanelógrafo e músicas cantadas. Trabalhe com os personagens, as características e as falas particulares. Convide as crianças a ser os protagonistas nesses momentos. É uma forma de mostrarem as aprendizagens.

No decorrer do ano, diversifique a oferta de materiais ampliando o repertório de histórias. Promova vários momentos de intercâmbio com outros grupos para trocar conhecimentos e interagir.

Confeccione um cartaz em sala com imagens das capas dos livros para estimular a leitura.

Fotografe as atividades, compartilhando com o grupo e as famílias a experiência de contato com os livros. Aproveite algumas idas à bebeteca para promover a aproximação das famílias com a escola: convide pais e mães para ler para os filhos e seus colegas ou mesmo para ouvir as histórias que você conta.

Avaliação
Faça a avaliação do trabalho durante todo o processo, desde a montagem do espaço até as atividades propostas. Não hesite em alterar a ordem das etapas previstas ou os encaminhamentos planejados em função das necessidades dos bebês. Observe as crianças interagindo com os livros e o tempo que se mantêm concentradas. Um bom termômetro é quando elas começam a pedir para ouvir histórias. Muitas vão começar a deixar explícitos quais são os títulos prediletos, comentá-los e pedir para levá-los para casa. Anote as preferências do grupo. Sugira atividades específicas com elas para verificar a familiaridade com os enredos, personagens e imagens. Importante verificar se a turma tem comportamento leitor no manuseio das obras e na postura para escutá-los. Nessa faixa etária, a paciência e a perseverança são essenciais para um trabalho bem-sucedido.


domingo, 5 de junho de 2011

Plano de aula para o 1º ano “Conhecendo a família”

Objetivos:
Reconhecer a formação da sua história desde seu nascimento até os dias de hoje.
Completar tabelas e a árvore genealógica com dados sobre seus familiares.
Estabelecer relação de antes e depois.

Conteúdos:
Árvore genealógica.
Noção espacial – antes e depois.
Técnicas:
Solicitação de informações sobre a família feita pela professora na aula anterior.
Roda de conversa sobre a árvore genealógica.
Construção de uma tabela sobre quem veio antes ou depois.
Elaboração da árvore genealógica.
Recursos:
Registro das informações sobre a família.
Cartolina.
Giz de cera.
Caneta colorida.
Avaliação:
Através da participação ativa dos alunos, a compreensão das noções de antes e depois e a construção da árvore genealógica.

Plano de aula para o 4º ano

Produção de texto Narrativo.                                                            


Objetivos:
 Identificar título, tema, personagens e ações.
 Identificar o personagem principal da narrativa e descrevê-lo.
 Reescrever o texto escolhido mudando o personagem principal. 
 Aprimorar-se das características de um texto narrativo.

Conteúdo:
Leitura
Produção de texto narrativo.
Técnicas:
Leitura oral do texto
Identificação das estruturas da narração.
Descrição do personagem principal.
Reescrita do texto, modificando o personagem central.
Compreensão das características lingüísticas da narração.

Recursos:
Cópia do texto narrativo – “Uma consulta para Dona Pula” – Marco Antonio Hailer.
Avaliação:
Através das atividades de identificar e descrever os personagens do texto e a coerência ao reescrever a história.


sexta-feira, 27 de maio de 2011

Síndrome de RETT

Por ser uma deficiência relacionada ao cromossomo X está ligada dominantemente nas meninas, apesar de raros casos entre meninos. A incidência é de 1 a cada 15 mil crianças nascidas.
Somente em 1999 foi descoberto esse tipo de mutação do gene MECP2 no cromossomo x, mas apesar de bastante severa as crianças bem observadas podem atingir a fase adulta e viver por muitos anos.
Ao nascer aparentemente não apresentam deficiência, no entanto, já se sabe que muitos sinais podem ser observado em bebês ainda muito pequenos, entre 6 e 18 meses, passam a apresentar severo comprometimento das funções motoras, com regressão do desenvolvimento neurológico.
A criança portadora da síndrome de RETT apresenta as seguintes características:
·     Baixo crescimento global;
·     Pode apresentar auto-agressão;
·     Movimentos repetitivos com as mãos (parecido ao de lavar as mãos);
·     Leva a mão frequentemente à boca e bate palmas compulsivamente;
·     Apresenta crises convulsivas em 50% dos casos;
·     Alterações no sono como: insônia e ranger dos dentes;
·     Geralmente tem dificuldades respiratórias apresentando crises pneumáticas de repetição;
·     Pode ocorrer constipação intestinal;
·     Capacidade de fala diminuída, podendo parar de falar;
·     Perda de interesse por brincadeiras – próximo ao comportamento autista;
·     Microcefalia;
·     Diminuição no crescimento de pés e mãos;
·     Dificuldade para andar, “anda como se estivesse marchando;”
·     Comunicação predominantemente pelo olhar.
É de extrema importância para o desenvolvimento global da criança com Síndrome de RETT, a inserção dela numa equipe multidisciplinar envolvendo FISIOTERAPEUTA, FONODIÓLOGO, MUSICOTERAPEUTA, TERAPIA OCUPACIONAL, e PSICOPEDAGOGO, além disso a criança precisa de acompanhamento contínuo NEUROLÓGICO, ORTOPÉDICO, PNEUMOLÓGICO e, na adolescência GINECOLÓGICO.
Aos pais e professores é preciso estar atento aos demais sintomas complementares que podem auxiliar num diagnóstico precoce possibilitando assim uma chance maior de inserir socialmente essa criança para favorecer seu desenvolvimento social cognitivo e principalmente emocional.
São eles:
Nos primeiros anos de vida:
1.     Hipotonia
2.  Crises convulsivas
3.  Bruxismo
4.  Distúrbios respiratórios
5.  Constipação intestinal.
Ao longo da vida:
1.      Refluxo gastresofágico
2.   Pés e mãos pequenas e extremidades finas
3.   Atrofia muscular tardia
4.   Espasmos cerebrais tardios.
Intervenções que cabe ao professor com alunos portadores da síndrome de RETT:
* Proporcionar momentos coletivos
* Elogiar e encorajar
* Trabalhar com a auto-imagem, usando um espelho
* Estimular expressões não verbais como caretas e risos
* Observar o sorriso como indicador de felicidade
* Desenvolver atividades com música
*  Explorar o olhar, pois eles se comunicam dessa maneira
* Permitir atividades de escolha, para elevar o controle e autonomia
*  Verificar quais são as formas de estado emocional- ex: auto-agressão como: mordidas, puxões de cabelo, bater a cabeça em objetos etc.
* A rotina deve ser antecipada
* A sala deve ser organizada de modo que facilite a comunicação
* Elaborar um álbum com figuras separadas por campo semântico
* Elaborar um álbum com diferentes texturas
* Oferecer objetos diferentes
* Estimular as habilidades auditivas: músicas e sons diversos
Você pode conhecer mais sobre esse tema no site da associação brasileira de síndrome de RETT
O profissional da educação tem que ter em mente que inclusão não é teoria, inclusão se faz quando nos interessamos em saber como o DIFERENTE aprende.

 

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Vygotsky um olhar para a alfabetização.

Aprendizagem significativa.
A abordagem Vygotskiana sobre a educação nos oferece elementos para a compreensão de como se dá a integração ensino aprendizagem e desenvolvimento da criança. Por ser um autor interacionista, ele parte do princípio que a criança aprende no seu convívio social e para tanto a escola tem um papel muito importante.
Ao interagir com conhecimentos dados na escola, a criança se transforma ampliando seus conhecimentos, porém para Vygotsky é preciso uma avaliação criteriosa dos métodos utilizados nas escolas e para que o trabalho pedagógico obtenha sucesso é essencial promover avanço nos desenvolvimento do aluno, trabalhando na zona de desenvolvimento proximal.
Os trabalhos de “prontidão” são alvos de crítica de Vygotsky, pois ele acredita que o bom ensino é aquele que se adianta ao desenvolvimento, que mesmo já estando presentes no indivíduo, necessita da intervenção e mediação de pessoas mais experientes para que essa aprendizagem fique inculcada nos alunos.
Levando em consideração os pontos abordados por Vigotsky, é preciso que a escola amplie o conhecimento que a criança já traz do seu cotidiano, de forma a atingir a zona de desenvolvimento potencial. Contudo, para que ocorra a apropriação desse conhecimento é necessário que exista também a internalização psicológicas (onde o aluno transforma processos concretos do dia-a-dia em atividades internas).
Diante disso, é possível que a alfabetização ocorra de maneira mais fácil e prazerosa e deve ser estimulada e valorizada já que a questão da brincadeira no contexto escolar tem uma função significativa no processo de desenvolvimento infantil, porque por meio da imitação, da brincadeira, do uso de instrumentos e signos, a criança internaliza o modo de agir e pensar do seu grupo social, além de compreender regras e valores, podendo dialogar, questionar e compartilhar saberes, tornando o aprendizado não sistemático, mas SIGNIFICATIVO.   

segunda-feira, 23 de maio de 2011

AMANDA GURGEL- Você sabe quem é essa mulher?

A história do Brasil é composta por momentos diversos, alguns de extrema importância, outros de vergonha até.
Mas quem é essa mulher que anda por ai na mídia contando e “contaminando” todos com uma história de educação que todos conhecem, sabem de cor, alguns vivenciam, outros escutam falar, da criança ao mais crescidinho aposentado essa história antiga ela fez parecer NOVA!!!
E agora estamos movidos por um sentimento de alívio e desassossego – enfim, alguém falou o que todos queriam dizer.  
Che Guevara- Mandela- Martim Luter King-
Amanda Gurgel?
Aquela que silenciou os deputados em audiência pública.  
Não sei quanto tempo ainda vamos ouvir esse nome por ai, mas enquanto estamos escutando quero deixar aqui – no meu veículo de comunicação - minha extrema e sincera admiração, não apenas pela professora que teve coragem de falar bem alto aos deputados e ao mundo a real e conhecida situação da educação no Brasil, mas a admiração que tenho à mulher que escolheu a profissão tão nobre, tão digna, tão linda de ser e “sobrevive da educação” torna-se a “salvadora da pátria, e como ela mesma diz”.
Que distribuição de renda é essa que paga tão mal os que “salvam a pátria amada?”.
Gostaria de pedir que meus leitores votem, leiam, assistam aos vídeos desse protesto e os vejam com o olhar que só tem o educador que vê a educação com os olhos mais límpidos possível.
Amanda Gurgel – meus sinceros parabéns! 
Colem esse link no seu navegador e aplaudam ela também.
http://www.youtube.com/watch?v=yFkt0O7lceA

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Você sabe o que é AUTISMO?

“Transtorno de desenvolvimento caracterizado por dificuldades e anormalidades em várias habilidades de comunicação, relacionamento social, funcionamento cognitivo, processamento sensorial e comportamental.” (Gary B. Mesibov)

Desde 1943, quando foi diagnosticada pala primeira vez, a síndrome autista vem sendo estudada e recentes pesquisas têm focado na identificação das características neurológicas com a intenção de intervenção precoce.
Não existe causa para o autismo, apesar de existir várias pesquisas sobre o assunto.
O comportamento autista também pode ser diagnosticado como TEA (Transtorno do Espectro do Autismo), que apresenta dificuldades nas seguintes áreas:
·        Interação social;
·        Comunicação e linguagem
·        Imaginação.
No entanto, há diversos registros sobre habilidades incríveis de alguns autistas, geralmente nas áreas de matemática, artes e música.

Algumas curiosidades
A única maneira de descobrir se a criança é autista é por meio de observação clínica, não existe nenhum exame que comprove.
Cerca de 10 a 20 crianças em 10 mil têm autismo. A incidência é maior nos homens.
Não existe um “culpado” para uma criança ter nascido com autismo.
Características:
·        Risos ou gargalhadas inadequados
·        Não tem medo de perigos reais
·        Brinca de maneira estranha
·        Resiste aos métodos normais de ensino
·        Não olha nos olhos
·        É distante e retraído
·        Age como se fosse surdo
·        Crises de choro sem razão aparente
·        Dificuldade de interagir
·        Resiste a mudança de rotina
·        Habilidades motoras desniveladas
·        Hiperatividade física
·        Apego inadequado a objetos.
Profissionais da educação precisam ter em mente que para receber um aluno autista e possa obter êxito, observe sempre seu comportamento e ofereça-lhe atividades que propiciem sua participação.
Atividades para autista devem ser estruturadas para otimizar uma situação de aprendizagem e principalmente levar em consideração os aspectos:
1.   Realizar planejamento individual;
2.   Observar o aluno em situações livres e dirigidas;
3.   Escolher os objetivos das atividades baseando-se nas dificuldades de cada criança.
4.   Efetuar a atividade com base na idade cronológica e não infantilizar.
As atividades devem focalizar diversos aspectos:
Entrada: na hora da entrada na escola deve ser relatado ao aluno para desenvolver noções temporais.
História: a hora da historia pode ser trabalhada tanto com fantasias, como com fatos reais, situando o aluno no contexto do que esta sendo lido.
Atividades: podem ser feitas na mesa, no chão, no pátio, em momentos individuais ou, principalmente, em grupos.
Higiene: para promover maior independência e aos poucos a criança desenvolverá sua autonomia.
Alimentação: promoverá maior independência e autonomia se o educador orientá-lo a pegar seu alimento, manusear talheres, copo, prato etc.
Recreio: dentro da rotina escolar essa é a hora de maior interação.
Passeio: oportunidade de vivenciar situações sociais junto à comunidade.
Recreação: oportunidade de ampliar o repertório motor, desenvolvida por meio das brincadeiras, com regras fáceis e materiais diversos.
Saída: a criança compreende que é hora de ir para casa e organiza seu próprio material.

Veja mais sobre o autismo